Nosso barco na chegada a Veneza |
Veneza, com 270 mil habitantes, é uma das mais belas cidades do mundo, e também uma das mais turísticas.Foi construída sobre uma série de bancos de lama baixos entre as águas do Adriático sujeitas a marés e regularmente atingidas por enchentes, mas ela sobrevive contra todas as probabilidades.
A única estrada para Veneza é a S11, a partir de Mestre, que conduz até o Tronchetto e a Piazzale Roma, onde há estacionamentos e terminais de ônibus. Os trens chegam à estação Santa Lucia, no Canal Grande.
A melhor forma de percorrer o Canal Grande, que serpenteia pelo centro da cidade, é pegar um vaporetto. Várias linhas percorrem o canal. Os palácios vistos nas suas margens foram construídos ao longo de 5 séculos e compõem a história da cidade. Quase todos levam o nome de alguma grande família veneziana do passado.
Vendedores de tudo, aguardam a chegada dos barcos |
Em Veneza se anda a pé ou de barco. Carros não entram. Os vaporettos são as embarcações que servem como transporte público, possuem distintas linhas e trajetos, são ônibus fluviais.
As gôndolas de Veneza |
A gôndola faz parte da vida veneziana desde o século 11. Com casco delgado e parte inferior achatada, é perfeitamente adaptada aos canais estreitos e rasos da cidade. Em 1562, foi decretado que todas as gôndolas deveriam ser pretas para que ninguém ostentasse riqueza com elas. Em ocasiões especiais, são decoradas com flores. Hoje os passeios de gôndola são caros e em geral feitos só por turistas. É para os românticos ...ou em lua-de-mel!!!!
Veneza se divide em 6 antigos distritos administrativos ou sestieri: Cannaregio, Castello, San Marco, Dorsoduro, San Polo e Santa Croce. Dá para ir a pé a todos eles e tomar um vaporetti até qualquer das ilhas.
A Piazza San Marco é disputada por pombas e turistas, seu espaço contrasta com as estreitas ruas de Veneza. Em toda a sua longa história testemunhou cortejos, procissões, encontros políticos e incontáveis carnavais. Cercada por museus e prédios históricos, na qual se destacam a Basilica di San Marco e a Torre dell'Orologio.
Basilica di San Marco |
A construção da Basílica teve início no século 9, para guardar o corpo de São Marcos, um dos quatro evangelistas. Seu estilo bizantino reflete a história de Veneza, que foi a primeira ligação entre o Ocidente e o Oriente. A fachada e o interior estão repletos de mosaicos. Entrada de 3 euros para visitar o Tesoro della Basilica e mais 2 euros para ver o Pala d'Oro (grande altar de ouro, decorado com prata e pedras preciosas).
Porta della Carta |
Ponte del Sospiri |
A Ponte del Sospiri (1600) foi construída para unir o Palazzo Ducale e a prisão local. Conta a lenda que os prisioneiros condenados à morte ao passarem por ela, suspiravam ao pensar que aquela seria a última vez que veriam a luz do dia. Hoje, os suspiros são dos turistas!
Palazzo Ducale |
O Palácio dos Doges foi a residencia oficial de duques, sede do governo e prisão. Fica ao lado da Basílica, foi reconstruído no século 14 após um incêndio. Possui elegantes arcadas góticas. A entrada custa 16 euros e 10 para estudantes.
Palazzo Ducale (ou Palácio dos Doges) |
Apesar das fachadas desbotadas e fundações desgastadas pela maré, o canal continua a ser "a rua mais bela do mundo".
Contemplar Veneza, as suas ruazinhas que mais parecem becos e os inúmeros canais da cidade é um programa imperdível
.Difícil não parar numa das pequenas pontes-escadarias ou simplesmente ficar de bobeira na Piazza di San Marco. Mais difícil ainda é não se perder no labirinto que é a cidade. Mas nada melhor do que se perder nesta linda cidade.
Veneza é única. São 117 ilhotas e mais uma centena de ruelas , becos e canais.
Veneza é isso, um labirinto que pode levar mais tempo do que se imagina para ser decifrado, com ruas sumindo do mapa e becos aparecendo, onde a regra é "não voltar atrás". Perdeu-se? Continue caminhando até encontrar uma placa de orientação. Ou pergunte para alguém!
O melhor mesmo é caminhar, e aqui é possível, mais do que em outros lugares, não pelas longas distancias, mas porque deverá se perder mesmo. Mais fácil do que achar as ruas talvez seja localizar os campos, espaços abertos, largos, como praças ( praças italianas, sem jardins) para onde todas as vias desembocam.
Créditos
As fotos são de Sonia Oliveira e Lu Costa, jun.2012.
Consulta de dados sobre Veneza foram retirados do Guia visual: Itália, Folha de São Paulo, e do Guia criativo para o viajante independente na Europa, Zizo Asnis.
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